O risco de sacralizar o museu dessacralizado

Não foi Lina, mas sim Pietro que pensou o Masp como um “antimuseu” ou “contramuseu”. Ainda em 1951, no artigo Musées hors des limites (publicado na revista Habitat, número 4), Pietro Maria Bardi se posicionava contrariamente ao “empoeirado” e “velho museu do século XVIII”, hegemônico na Europa que largara cinco anos antes. Ao reivindicar “o momento de reformar os museus”, atentando para a “função educativa” e a capacidade de conter “múltiplas atividades” a fim de construir “de uma maneira viva a unidade fundamental das artes”, o intelectual italiano estabelecia a pauta do seu projeto institucional para o Masp, já em curso na primeira sede, na rua Sete de Abril, ocupando um andar do prédio dos Diários Associados no centro de São Paulo. Quando conclamava “não uma arquitetura-prisão mas uma arquitetura livre, com os interiores móveis”, doutor Bardi fundamentava o projeto arquitetônico definitivo do museu, que anos depois ficou a cargo de sua mulher, a arquiteta Lina Bo Bardi.

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