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Entrevista com Alexandros Washburn

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Francesco Perrotta-Bosch: O nome do seu livro “The Nature of Urban Design: A New York Perspective on Resilience” dá ênfase ao termo resiliência. Como o senhor o definiria?

Alexandros Washburn: A palavra resiliência é muito popular atualmente. Para defini-la, gostaria de voltar à chamada “equação global de risco”. Nela, o risco equivale à probabilidade multiplicada pela consequência.
Por exemplo, em Nova Orleans, é maior a probabilidade de uma catástrofe natural como um furacão de grande intensidade, porém, como a população de Nova York é muito maior, as consequências nesta cidade seriam maiores. Por isso, contrariando o que seria a dedução inicial, Nova York corre mais riscos de uma catástrofe natural do que Nova Orleans.
Para reduzir a probabilidade, devemos, por exemplo, reduzir a emissão de carbono na atmosfera, e tal atitude é chamada de mitigação. Entretanto, o meu foco está em nos preparar para as consequências das mudanças climáticas que já ocorrem, adaptando as cidades a esta situação. Em síntese, essa é a minha definição de resiliência: um conjunto de ações para adaptar bairros e cidades para as consequências das mudanças climáticas.

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Leia na íntegra na revista Monolito 23 (novembro 2014)
http://www.editoramonolito.com.br

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Entrevista com Liu Thai Ker

Liu Thai Ker

Francesco Perrotta-Bosch: Sobre o gerenciamento de água em Cingapura, durante sua palestra no Arq.Futuro, o senhor tinha um discurso estruturado nos termos captar, coletar, reciclar, além de dar ênfase à chuva e ao mar como fontes. Quais os principais aspectos da gestão de águas em Singapura que são exemplares para outras cidades no mundo?

Liu-Thai Ker: O primeiro ato foi a determinação do governo de Singapura para ser autossuficiente no abastecimento de água. A partir dessa decisão, o resto se desencadeou de modo lógico. Nós temos quatro “torneiras”. A primeira é a água que compramos da Malásia, ainda antes de receber qualquer tipo de tratamento. A segunda fonte é a água que coletamos em Singapura, captando entre 60% e 70% da chuva que cai no nosso território. Estamos trabalhando para que esse índice seja de 90%. Para que isso funcione, é fundamental proteger nossos rios. A terceira “torneira” é a água reciclada proveniente do tratamento do esgoto. É uma água potável, porém pura demais, tanto que ela é conduzida para um reservatório em que se mistura com as águas provenientes de outras fontes e seus respectivos minerais necessários para o consumo humano. A quarta fonte vem de dessalinização da água do mar. Felizmente, nosso mar é bem limpo, então o custo dessa operação não é tão alto.
É necessário encontrar o sistema mais barato possível, buscando diferentes fontes de coleta. Entender o custo de cada “torneira” é o modo de escolher a melhor combinação de fontes para cada cidade.

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Leia na íntegra na revista Monolito 23 (novembro 2014)
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Entrevista com Tim Duggan

Tim Duggan

Francesco Perrotta-Bosch: Como surgiu o Make it Right?

Tim Duggan: Dois anos após o furacão Katrina, o ator Brad Pitt foi jurado de um concurso de projetos habitacionais em Nova Orleans. Na visita à cidade como membro da comissão julgadora, ele se decepcionou com o fato de que a área residencial de famílias com menor renda tinha recebido a menor ajuda financeira para a reconstrução. Nesse desastre, ele viu a oportunidade de desenvolver uma plataforma que modificasse a maneira como comunidades de baixa renda lidam com a sustentabilidade. Para transformar a mentalidade geral, os ricos não podem ser os únicos capazes de pagar para viver em uma casa saudável, tendo alternativas energéticas. O impacto é muito maior sobre 98% da população se ela viver em lares saudáveis e seguros que foram construídos eficientemente. Com essas ideias em mente, Brad Pitt fundou o Make it Right e até hoje é um líder ativo na organização.

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Leia na íntegra na revista Monolito 23 (novembro 2014)
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