Francesco Perrotta-Bosch: O nome do seu livro “The Nature of Urban Design: A New York Perspective on Resilience” dá ênfase ao termo resiliência. Como o senhor o definiria?
Alexandros Washburn: A palavra resiliência é muito popular atualmente. Para defini-la, gostaria de voltar à chamada “equação global de risco”. Nela, o risco equivale à probabilidade multiplicada pela consequência.
Por exemplo, em Nova Orleans, é maior a probabilidade de uma catástrofe natural como um furacão de grande intensidade, porém, como a população de Nova York é muito maior, as consequências nesta cidade seriam maiores. Por isso, contrariando o que seria a dedução inicial, Nova York corre mais riscos de uma catástrofe natural do que Nova Orleans.
Para reduzir a probabilidade, devemos, por exemplo, reduzir a emissão de carbono na atmosfera, e tal atitude é chamada de mitigação. Entretanto, o meu foco está em nos preparar para as consequências das mudanças climáticas que já ocorrem, adaptando as cidades a esta situação. Em síntese, essa é a minha definição de resiliência: um conjunto de ações para adaptar bairros e cidades para as consequências das mudanças climáticas.
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Leia na íntegra na revista Monolito 23 (novembro 2014)
http://www.editoramonolito.com.br