A lógica do encadeamento

Ao fundo, a cadeia de montanhas; à frente, a cadeia de casinhas vermelhas. A palavra-chave “cadeia” é empregada na acepção, segundo o dicionário Michaelis, “série ininterrupta de coisas semelhantes […]. Continuidade, encadeamento, sucessão”. Deduzido do exuberante relevo de Monterrey (México), o ato de encadear é o princípio formal do Restaurante Santa Cruz. A cadeia de casinhas vermelhas é a imagem peculiar que dá identidade a este estabelecimento que ambiciona expandir-se para se tornar uma cadeia de restaurantes de frango assado. Assim, a solução projetual – em especial, a imagem arquitetônica – é a marca da empresa alimentícia e peça central de uma estratégia corporativa maior.

Tanto o modo como se obtém a expressividade formal do edifício quanto a maneira como o projeto arquitetônico se adere à lógica empresarial são qualidades atípicas para um escritório de arquitetura brasileiro, principalmente dentro do que se convenciona como boa arquitetura nacional. Indícios para isso são fornecidos pela própria biografia do autor, o arquiteto paulistano Eiji Hayakawa.

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Leia na íntegra na revista ProjetoDesign 419 (março 2015)
https://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/eiji-hayakawa-restaurante-santa-cruz-monterrey-mexico

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Completar o ciclo moderno

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Não é grande o número de projetos arquitetônicos modernistas no Brasil que precedem a inauguração do edifício do Ministério da Educação e Saúde, no centro do Rio de Janeiro. Dentre desse grupo, construções de médio e grande porte são ainda mais raras. Um exemplar único nesse nascimento da célebre arquitetura moderna nacional é o Instituto Vital Brazil (1938-1942), em Niterói. Ao longo das décadas, diversas modificações foram feitas de acordo com as necessidades conjunturais, mas sem um plano que ordenasse a ocupação do campus do IVB. Somente em 2012 que se contrata o escritório carioca Fábrica Arquitetura para o projeto de revitalização de sua sede.

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Leia na íntegra na revista ProjetoDesign 418 (fevereiro 2015)

http://arcoweb.com.br/projetodesign-assinantes/arquitetura/fabrica-arquitetura-instituto-vital-brazil-rio-janeiro

Revelar sutilmente

Nos caminhos de subida à Floresta da Tijuca, uma tipologia de casa é recorrente. São construções que datam do século XIX para serem residências-sede de chácaras e que foram transformadas ao longo dos anos de acordo com o ecletismo em voga a cada época. Exemplar mais austero deste estilo, a edificação em questão acompanhou quase toda a existência do bairro do Cosme Velho, recebendo no presente século o Memorial da Pediatria Brasileira – instituição museológica destinada a apresentar a história desta especialidade médica.

Leia na íntegra na revista ProjetoDesign 418 (fevereiro 2015)
https://arcoweb.com.br/projetodesign-assinantes/arquitetura/estudio-mrgb-sociedade-brasileira-pediatria-rio-janeiro

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O contemporâneo sobre o campo moderno

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Tudo começa com a busca pela definição do momento histórico em que vivemos. Somos modernos ou somos contemporâneos? Charles Esche, curador da 31ª Bienal de São Paulo, vê o tempo presente como um período de transição de paradigmas. Deixamos de ser modernos, mas a contemporaneidade ainda não constituiu algo nítido. Segundo Esche, estamos in between (entre) e a bienal de 2014 propõe ser um laboratório de reflexão sobre a “temperatura dos dias de hoje”. Não segue o modelo de museu, mas de um espaço de pensamento sobre a atualidade segundo aspectos artísticos, sociais, políticos. Se o mundo está mudando e não sabemos o que vai emergir, a Bienal de “coisas que não existem” busca contribuir para compreendê-lo. A curadoria é coletiva: Esche trabalha em conjunto com outros quatro curadores, dentre os quais o arquiteto israelense Oren Sagiv. Ou seja, nesta bienal de arte paulistana, o arquiteto responsável pela expografia foi elevado ao status de curador.

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Leia na íntegra na revista ProjetoDesign 415 (outubro 2014)
http://arcoweb.com.br/projetodesign-assinantes/interiores/oren-sagiv-expografia-31-bienal-sao-paulo

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Arquitetura como fazer sapatos

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Trazidas da fábrica após moldarem inúmeros sapatos, fôrmas em madeira expostas por trás do balcão indicam que, na loja Ferri, produto e lugar provêm de uma gênese conceptiva análoga: o modo de fazer os calçados informa o modo do fazer arquitetônico. O espaço qualifica-se no desenho do mobiliário em compensado naval de cedro. O Apiacás Arquitetos pautou-se nas propriedades desse material transformado industrialmente para determinar o desenho dos móveis, tal como as particularidades do couro orientam o ofício do designer de sapatos.

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Leia na íntegra na revista ProjetoDesign 411 (junho 2014)
http://arcoweb.com.br/projetodesign-assinantes/interiores/apiacas-arquitetos-loja-ferri-sao-paulo

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Em construção, um marco cultural

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Este é o relato de um projeto em andamento: a futura sede do Instituto Moreira Salles, na Avenida Paulista. A proposta do escritório Andrade Morettin foi escolhida, no segundo semestre de 2011, em importante e amplamente divulgado concurso. O desenvolvimento do projeto teve início em janeiro seguinte e a instalação do canteiro de obras se deu em novembro do ano passado. A inauguração está prevista para o final de 2016.

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Leia na íntegra na revista ProjetoDesign 408 (março 2014)
http://arcoweb.com.br/projetodesign/tecnologia/andrade-morettin-instituto-moreira-salles-sao-paulo

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Introspecção e extroversão na Guanabara

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Defronte à Guanabara, olhando a silhueta das montanhas que compõem o Rio de Janeiro, temos a vista que inspirou o mestre Oscar Niemeyer em suas várias obras espalhadas pela orla de Niterói. Tal paisagem é a premissa do lote em que se implanta o projeto do escritório Oficina de Arquitetos para o Núcleo de Estudos em Água e Biomassa (NAB).

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Leia na íntegra na revista ProjetoDesign 408 (março 2014)
http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/oficina-arquitetos-nucleo-estudos-agua-biomassa-nab-niteroi

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É uma piscina. E um jardim.

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Saímos do escritório localizado numa das torres da Faria Lima, relativamente próximo do largo da Batata, e tomamos a direção da – não muito distante – mais recente casa projetada por Angelo Bucci. No caminho, feito a pé, logo me lembrei de uma conversa que tivemos há alguns anos, quando perguntei sobre projetos do SPBR em andamento. A resposta: uma piscina. Muito surpreso, tive na época certo pudor de aprofundar o assunto. Entretanto, havia chegado o momento da pergunta: como demandam a você uma casa que é, de fato, uma piscina; aqui, entre a avenida Faria Lima e a marginal do Pinheiros?

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Leia na íntegra na revista ProjetoDesign 407 (fevereiro 2014)
http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/spbr-arquitetos-residencia-sao-paulo-140204

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Respostas na sutileza dos detalhes

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Seja inserido na mata Atlântica, no litoral paulista, ou no rés-do-chão de uma das principais construções modernas do Rio de Janeiro, o ato do projeto pauta-se por condições muito específicas do contexto. Tanto no pavilhão projetado por Mauro Munhoz, no Guarujá, quanto na intervenção de Caio Calafate e Pedro Varella em meio ao pilotis do Parque Guinle, de Lúcio Costa, a questão se soluciona no que cada projeto contém de menor escala. Nos detalhes construtivos encontramos a essência da mediação com o locus onde se inserem. Nestas construções secas, tal estratégia possibilita a serenidade do diálogo do novo com o que lhe precede.

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Leia na íntegra na revista ProjetoDesign 406 (dezembro 2013)
http://arcoweb.com.br/noticias/arquitetura/a-forca-da-pequena-escala-na-arquitetura-de-dois-abrigos

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Estrutura diante da natureza

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Tudo ao seu redor é natureza. Ao fundo, grandes morros com belas rochas expostas e trechos cobertos por vegetação nativa. À frente, o vale com o acidentado relevo característico da serra fluminense. Aos pés, um platô gramado. Sobreposto, um jardim de plantas com distintas alturas, em meio às quais um idílico caminho se perde no panorama. É extraordinária a força da paisagem envolvente. Porém, contrariamente ao que até poderia ocorrer, a casa JG não se apresenta como algo diminuto e insignificante perante o contexto natural. É de grande potência a imagem desta construção projetada pelo arquiteto carioca Miguel Pinto Guimarães.

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Leia na íntegra na revista ProjetoDesign 405 (novembro 2013)
http://arcoweb.com.br/projetodesign-assinantes/arquitetura/miguel-pinto-guimaraes-residencia-petropolis-rj